Setembro Amarelo, ESG e empresas: motivos para a consideração do tema

Setembro Amarelo, ESG e empresas: motivos para a consideração do tema
O Setembro Amarelo busca incentivar o debate sobre a preservação do suicídio e saúde mental e deve ser considerado pelas empresas.

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Saúde mental é um assunto ainda marcado pelo tabu e tende a ser um tópico postergado ou não tratado por instituições privadas. Ainda que priorizem os ganhos e o trabalho realizados pelos colaboradores, a temática deve ser estudada a fim de ser abordada por todos, visto que, o nível de qualidade de vida emocional é tão importante quanto o físico. Com isso em mente, a campanha Setembro Amarelo, desde que foi criada em 1994, busca incentivar o debate sobre a preservação do suicídio e a valorização da vida.

Ainda que não tenha sido criado especificamente para o ambiente corporativo, é um incentivo para que empresas entendam mais sobre os diferentes transtornos mentais e o papel que exercem na criação de um ambiente de trabalho mais acolhedor e receptivo.

O tratamento destes temas está completamente alinhado com a agenda ESG, que na sigla “S” (social) da tríade revela a necessidade do olhar detalhado para os colaboradores, seus direitos, sua segurança no ambiente de trabalho e sua saúde, de uma forma geral. Entenda a importância da data e os motivos a serem considerados pelas empresas para que o tema seja debatido. 

Origem da data

A data foi criada em resposta a um caso real (ocorrido nos Estados Unidos em setembro de 1994) onde um adolescente de 17 anos se suicidou devido a problemas mentais. Durante o velório do jovem seus familiares distribuíram fitas amarelas com mensagens motivacionais como uma forma de alertar as pessoas a seu redor sobre a importância do tema.

O símbolo seria difundido, sendo utilizado mundialmente para a representação da luta. No Brasil, a data seria oficialmente considerada apenas em 2015 após decisão Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). 

Para discutir o tema é necessário se desprender de estereótipos. Doenças mentais e problemas emocionais podem ser enfrentados por diferentes pessoas, de diferentes idades, sexos, nacionalidades e raças. 

Dessa forma, é incentivado que a comunicação seja utilizada como uma ferramenta de suporte e que sejam criados ambientes acolhedores para auxiliar as pessoas e para que o assunto seja encarado como um problema de saúde pública. A data também reforça os tipos de tratamentos disponíveis atualmente no país e que podem ser usados pelos cidadãos, a exemplo do auxílio oferecido pelo CVV (através de telefone ou site oficial).

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Motivos para valorização

As instituições privadas possuem um papel fundamental para a disseminação do Setembro Amarelo. Seja através de rodas de conversas, disponibilização de terapia online para colaboradores, oferecimento de planos de saúde ou a partir do oferecimento de conteúdos sobre o assunto, a ação é capaz de fazer a diferença.

Portanto, é certo reforçar alguns dos principais motivos para que considerem o tema como relevante para o seu dia a dia:

  • Como primeiro motivo é válido destacar a valorização da vida. Ao debater sobre o assunto evita-se que casos graves ocorram;
  • A demonstração de preocupação com os colaboradores cria um ambiente acolhedor e próspero, o que fortalece a permanência dos trabalhadores e incentiva que outros visualizem o lugar como adequado para trabalhar;
  • A verdadeira valorização dos assuntos voltados para saúde mental leva a mudanças na cultura organizacional. Com uma cultura organizacional adequada é possível que os colaboradores tenham mais segurança em seus cargos e que desempenhem as tarefas de forma fluída e adequada;
  • Em meio a um universo cada vez mais tecnológico e voltado para inovações como a IA, valorizar a humanização e colocá-lo em primeiro lugar é fundamental para que a empresa evolua e para que as pessoas se sintam bem em sua totalidade.

Com a pandemia e após, a saúde mental dos trabalhadores foi diretamente afetada, em especial para aqueles que trabalhavam em instituições voltadas para a área da saúde. 

Casos de burnout se tornaram cada vez mais recorrentes, sendo o Brasil o segundo país com mais casos diagnosticados, de acordo com a International Stress Management Association (Isma). Já os casos de depressão e ansiedade continuam em crescente. Todos estes transtornos possuem suas particularidades, no entanto, caso não sejam levados em consideração podem levar a ideação suicida. 

O reconhecimento deste fato é capaz de motivar setores variados a promoverem mudanças. Ainda que pequenas, essas mudanças são capazes de melhorar a saúde de um indivíduo e, em alguns casos, salvar uma vida.

Agenda ESG

Como ressaltado anteriormente, colocar estas questões em prática é trabalhar com a parte social da tríade. Assim como a saúde, a garantia dos direitos fundamentais, a criação de canais de denúncias, a estipulação de políticas internas e a aplicação de medidas que visam a redução do impacto ambiental também se encaixam nesta tríade e podem levar a organização em questão a um patamar elevado.

Dessa forma, vale ressaltar a necessidade de considerar a governança e o ambiental (ou seja, a agenda como um todo) para que mais melhorias sejam percebidas, para as pessoas, meio ambiente e para a empresa. 

Criado em 2004 mas popularizado recentemente, o ESG tem como objetivo equilibrar os ganhos com as medidas ambientais, sociais e de governança. Devido a quantidade de tópicos a serem considerados neste processo de inserção, é comum que as instituições tenham dúvidas de onde começar. 

O Práticas ESG está presente no mercado para indicar a melhor forma de inserir as ações ESG a seus clientes. Desta forma, através de consultorias personalizadas que contam com etapas de aplicação bem definidas, é possível analisar cada caso e alinhar a agenda com as metas e objetivos da empresa.

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