Projeto de conservação da Amazônia bate R$ 150 mi no Dia da Terra

Projeto de conservação da Amazônia bate R$ 150 mi no Dia da Terra
Após dois anos de existência, a climatech brasileira, Moss, e seus clientes já aplicaram mais de R$ 150 milhões para projetos de conservação na floresta amazônica.

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Após dois anos de existência, a climatech brasileira de comercialização de crédito de carbono em blockchain, Moss, e seus clientes já aplicaram mais de R$ 150 milhões para projetos de conservação na floresta amazônica. Ações como o MCO2, o primeiro ativo verde digital global lastreado em blockchain, lançado em 2020, possibilitaram o feito. 

O utility token da Moss busca democratizar o acesso ao ativo, dando chance às companhias de todos os portes e segmentos, além de pessoas físicas, para compensar o uso de carbono de suas atividades de maneira segura e transparente. 

Através do lastro em blockchain dado ao token, é garantido que cada crédito seja compensado apenas uma vez e que venha de projetos com certificação e habilitação para a geração do ativo. 

Recentemente, a climatech lançou o NFT da Amazônia, ocasião em que a empresa comprou áreas florestais e dividiu em NFTs (tokens não-fungíveis), trazendo para o mercado a iniciativa de socializar – inicialmente – a proteção de 450 hectares de terras. 

Em poucas horas, os primeiros 100 NFTs colocados na plataforma OpenSea para pré-venda, no valor total de mais de R$ 1 milhão, se esgotaram. Já estão a caminho novas séries de NFTs em novos formatos para ampliar o acesso. 

Contribuindo com a proteção do maior bioma do planeta, cada comprador do NFT da Amazônia ganha a titularidade de direitos sobre um hectare de terra da região da Amazônia. 

Leia também: Caminho ESG para descarbonização da economia passa pelo hidrogênio verde?

Ainda, a Moss começou um movimento de descentralização e fortalecimento da sua comunidade com o lançamento de um token de governança. Neste contexto, os detentores do Moss Governance Token tem permissão para decidir e participar de iniciativas como: 

  • nova cunhagem de tokens; 
  • inclusão de projetos que podem ser adicionados como fornecedores de crédito de carbono (após a realização das diligências e auditorias por parte da Moss); 
  • descentralização de processos (cunhagem, auditoria, melhorias, atualizações de protocolo); 
  • novas parcerias, e realização de follow on para compra de créditos de carbono e tokenização (moedas de lote comunitário).

A Moss possui outra ação em fase final de desenvolvimento: um projeto que vai avaliar e certificar a documentação de propriedades rurais em áreas da floresta amazônica para que elas se tornem aptas a produzir e comercializar créditos de carbono. 

Mas, enquanto a fase de documentação não chega, a empresa faz um relevante trabalho para conscientizar os produtores locais sobre o valor que a terra tem quando se mantém a floresta preservada. 

Fernanda Castilho, COO da Moss, diz que “esse é um mercado ainda muito analógico e a Moss, com seu DNA de blockchain, acredita nesse canal para agilizar a certificação de propriedades e ampliar a capacidade do mercado brasileiro em gerar créditos de carbono”.

De acordo com um estudo realizado pela Schroders, o Brasil poderia se tornar a “Arábia Saudita” do crédito de carbono. Segundo a gestora britânica, o país poderia certificar 1,5 bilhão de toneladas por ano, 300 vezes mais que o patamar atual. 

Considerando o cenário mundial, o setor de serviços ambientais já movimenta mais de 1 trilhão de dólares ao ano, e o mercado de compensação de carbono fechou o ano de 2021 com cerca de US$ 400 bilhões. 

Se dermos vazão ao volume de certificações que podemos realizar, a economia brasileira poderia crescer, apenas com a comercialização dos créditos, 6% a 8% ao ano. É um potencial gigantesco que ainda não é explorado“, finaliza Fernanda.

Fonte: Exame