Recentemente, a B3 (Bolsa de Valores Brasileira) recebeu o registro da primeira Cédula de Produto Rural (CPR) Verde. O título permite ao produtor rural e outros agentes que atuam no ramo do agronegócio captar recursos que serão direcionados ao financiamento da conservação de florestas nativas e seus biomas, determinando os critérios que caracterizam essas cédulas CPRs Verdes.
A coordenação do registro e estruturação dessa primeira CPR foi realizada pelo Grupo BMV, que desenvolveu a Unidade de Crédito de Sustentabilidade (UCS) e resumiu o valor de 27 serviços ambientais comprometidos com um processo de preservação, o que possibilita operações com a segurança da tecnologia blockchain.
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O Grupo BMV usa o Standard BMV, protocolo de certificação para pagamento de serviços de preservação. Esse método possibilita condições econômicas para os produtores rurais manterem áreas de reservas legais e proteção permanente em suas propriedades.
Para Fabio Gonçalves, Business Manager da SGS Brasil, certificadora da CPR Verde do Grupo BMV, “o reconhecimento do padrão BMV como originador de CPR Verde é um grande avanço nas políticas de pagamentos por serviços ambientais, bem como na aceitação dentro do país da conservação de floresta como atividade agrícola. Esta validação reafirma o Standard BMV, através das UCS, como um instrumento para o combate às mudanças climáticas e auxilia o país no atingimento de das suas metas no Acordo de Paris”.
Fabio Hull, diretor de relacionamento com Bancos Múltiplos e Fintechs da B3, afirmou que “além dessa contribuição importantíssima para o meio ambiente e a preservação de florestas, o registro da CPR Verde reforça dois compromissos importantes da B3: o de estar ao lado do agronegócio ajudando a desenvolver um setor que é o motor da economia nacional, e o de seguir induzindo as melhores práticas ESG para o mercado”.
A CEO do Grupo BMV, Maria Tereza Umbelino, explica que, dada a segurança do registro na B3, investidores internacionais e fundos de investimentos podem adquirir a CPR Verde com a aposta na valorização de títulos de preservação de floresta.
Fonte: InvestNews