Durante uma pesquisa denominada “ESG Radar 2023”, feita e organizada pela empresa de consultorias Infosys (NYSE: INFY), foi possível verificar as atividades que devem impactar o lucro das empresas e como os ganhos podem ser afetados com o uso da agenda ESG.
Segundo o levantamento, o investimento em ESG nas empresas poderá atingir o valor de US$ 53 trilhões até 2025, cerca de um terço dos ativos globais sob gestão.
Para chegar ao resultado foi necessário conversar com mais de 2,5 mil executivos e gerentes de instituições que recebem anualmente mais de US$ 500 milhões. Além de companhias dos Estados Unidos, também foram ouvidas as do Reino Unido, Nova Zelândia, Índia,China, França, Austrália, Alemanha e países nórdicos.
Com isso, é possível ver que há um movimento crescente de inclusão das ações. De acordo com Wilson Albertoni Oliveira, diretor de RH da Infosys Brasil, “nesse sentido, uma análise que se pode fazer é que as iniciativas ambientais, sociais e de governança criam valor, mas as empresas ainda estão aquém do esperado. Com essa pesquisa, também conseguimos verificar como os executivos e especialistas em ESG esperam que o tema compense no futuro, e também de que maneira estão se adaptando a esse novo ambiente.”
LEIA TAMBÉM:
IPTU Verde: uma forma de incentivar as práticas ESG
O que as profissões em alta revelam sobre o ESG?
Com o levantamento foi possível perceber que 90% dos entrevistados disseram que as ações ESG dão resultados positivos para as empresas, dando um reflexo financeiro importante.
Cerca de 41% das companhias atestaram que os resultados aparecem de dois a três anos. O estudo também revela que as empresas estudam sobre o tema e sua aplicação em diferentes canais: (74%) com parceiros de negócios, (56%) com agências de informação e (50%) com fornecedores.
Ainda segundo o estudo, as instituições costumam visualizar mais os benefícios para a marca do que o financeiro. Além disso, focam apenas na questão ambiental.
Com o levantamento foi possível que a escolha por iniciativas de governança e social levam a melhores resultados. O que quer dizer que ao incluir mais mulheres em cargos de direção e em conselho o lucro tende a ser maior.
Segundo com Oliveira: “embora a preocupação com as metas de ESG precise ser levada em conta, os maiores benefícios financeiros das organizações vêm de mudanças organizacionais no topo. Isso porque, no futuro, a sustentabilidade será a maneira de fazer negócios, e as companhias vão precisar reorientar seus modelos de negócios para que o ESG esteja completamente integrado”.
O crescimento de 10 pontos percentuais equivale a 1 ponto percentual no lucro da organização. Com isso, uma instituição que investe 5% dos orçamento para a agenda deve receber um lucro de 1 ponto percentual, caso aumentasse os investimentos para 15%.
Vale destacar que a ligação entre investimento em ESG e a consequência final é complexa e pode variar a depender dos clientes, a diminuição dos riscos e a poupança dos custos.
Fonte: EXAME