ONU divulga estudo que revela recuperação na camada de ozônio

ONU divulga estudo que revela recuperação na camada de ozônio
ONU divulga estudo que o esforço planetário para combater o buraco na camada de ozônio está dando resultado. Confira:

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Na última segunda-feira (9) a ONU divulgou um estudo apontando que o acordo internacional para acabar com o uso de certos químicos está restabelecendo a camada de ozônio.

O esforço planetário para combater o buraco na camada de ozônio está dando resultado, além de trazer uma nova esperança na luta contra a mudança climática.

Num acordo global assinado em Montreal, no Canadá, a proibição de um tipo de químicos da família dos clorofuorcarbonos (CFC) foi estabelecida em 1987. 

De acordo com novas estimativas dos cientistas, dentro de duas décadas quase toda a Terra voltará a contar com o filtro que impede a chegada de raios ultravioleta nocivos para a saúde humana.

Daí em diante, produtos como sprays, gases refrigerantes e espumas isolantes deixaram de utilizar CFC. Os gases emitidos por esses produtos foram responsáveis pelo surgimento do buraco na camada de ozônio.

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Identificado pela primeira vez em 1985, o problema tornou-se rapidamente a maior preocupação ambiental da época. Quase 50 países assinaram o acordo em Montreal em apenas dois anos.

O presidente da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas, afirmou que “a ação [em torno do] ozônio estabelece um precedente para as ações climáticas”. Ele foi responsável por apresentar o estudo nesta segunda-feira. 

Um dos autores do levantamento diz que o sucesso da iniciativa deveria servir como inspiração para aqueles que enxergam com ceticismo o lento e tortuoso das COPs do clima.

Segundo David Fahey, da National Oceanic and Atmospheric Administration, agência meteorológica do governo americano, o acordo internacional deve ser considerado “o tratado ambiental mais bem sucedido da história e servir de incentivo” para as negociações internacionais. 

Futuro positivo 

Considerando que as tendências atuais sejam mantidas, em 2040 aproximadamente os níveis de ozônio na atmosfera devem voltar ao patamar de 50 anos atrás na maior parte do planeta.

Exceto as regiões polares: no Ártico e na Antártica, os prazos devem ser cinco e 15 anos mais longos, respectivamente.

Alguns obstáculos surgiram no percurso. Em meados da década passada, foram detectadas emissões de CFC em pequenas fábricas chinesas. Com essas infrações, a recomposição da camada de ozônio pode atrasar em até dez anos.

Contudo, o sistema de monitoramento global e a ação do governo chinês mostraram que instrumentos criados por um tratado internacional podem ser efetivos.

Fonte: Reset

Autor(a): Sérgio Teixeira Jr.