O primeiro fundo de investimentos voltado para ESG do banco Inter, mais especificamente da Inter Asset, foi lançado recentemente juntamente com a Fama Investimentos. Denominado “Ingenious FAMA Icatu FIM”, o fundo atua como previdência para reter dinheiro por conta de certos motivos.
Para realizar a aplicação é necessário que ela seja a partir de R$ 100 e que haja o entendimento de que existirá uma taxa de 2% ano e de 20% caso o valor da taxa de performance ultrapassar o Ibovespa.
Há ainda o investimento de 70% dos valores em empresas que seguem os ideais da agenda e 30% é voltado para títulos do Tesouro Direto ligados à inflação, que caminham de forma semelhante à bolsa.
Segundo o presidente da Inter Asset, Daniel Castro, a procura por uma parceiro ligado à agenda era antiga. “Discutimos constantemente a possibilidade de lançar novos fundos ESG com foco tanto no mercado local quanto no exterior“, revela.
Esta é a primeira vez que a Fama Investimentos realiza um fundo de previdência, apesar de já ter um fundo de ações possível de ser encontrado em locais de investimentos. Atualmente a empresa possui mais de R$ 1,4 bilhão de ativos e é referência no setor.
A gestora ainda possui reconhecimento da organização internacional “The Investor Agenda” e possui certificação “B Corp”, selo dado às instituições que pensam em sustentabilidade e nas questões sociais.
Para o sócio-fundador da Fama, Fabio Alperowitch, “É incoerente que os preocupados com as questões climáticas, os veganos e outras pessoas ligadas ao assunto invistam em fundos que não têm essa preocupação“. Como dá para pensar em investimentos para o longo prazo sem incorporar todas as transformações e evoluções a que estamos sujeitos? Ao investir com foco no longo prazo, queremos ser mais parte do problema ou parte da solução? E que tipo de futuro nosso capital se propõe a nutrir?, destaca.
Ele completa afirmando que os fundos recentes voltados para o ESG acabam investindo em empresas que não seguem as práticas, mas que atuam seguindo em processos responsáveis com o meio ambiente. Também reforça que “muitas vezes as empresas são avançadas em algumas questões e atrasadas em outras” e por isso é mais difícil entender quem é de fato integrado com a causa. É necessário portanto que a casa realize uma análise substituindo a pessoa física.
Fonte: Valor Investe