Empresas de agronegócio estão unindo os cuidados com o meio ambiente a certificação; entenda

Empresas de agronegócio estão unindo os cuidados com o meio ambiente a certificação; entenda
O anúncio foi feito durante o evento online UBS BB Virtual ESG Conference que aconteceu no último dia 19.

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Instituições do agronegócio revelaram que está sendo possível juntar a preocupação com o meio ambiente com a certificação, o que acaba trazendo resultados positivos para a área em geral. O anúncio foi feito durante o evento online UBS BB Virtual ESG Conference que aconteceu no último dia 19.

Alguns dos integrantes do evento foram: Álvaro Dilli, diretor de sustentabilidade da SLC Agrícola; Marcus Thieme, diretor de Relações com Investidores da Caramuru e Maurício Hasson, CFO da 3tentos.

Álvaro Dilli é da empresa SLC Agrícola, voltada para a produção de grãos, e reforçou as ações que a instituição tomou quando criou um programa de descarbonização e neutralização de emissões de gases do efeito estufa. Segundo Dilli, “a empresa está começando a se movimentar nessa área, investindo em joint ventures para aplicar novas tecnologias a fim de reduzir o impacto ambiental.”

A SLC de Mato Grosso possui uma joint venture na Fazenda Roncador e uma abordagem mais sustentável ao oferecer 20 mil hectares que são usados também para a integração lavoura-pecuária (ILP).

Atualmente a empresa tem 23 fazendas no Brasil, grande parte delas estão concentradas no Cerrado. A instituição possui ainda 335 mil hectares de campos de soja e possui como premissa a resistência em ter áreas desmatadas. Segundo Dilli, “a empresa publicou uma declaração muito importante sobre o desmatamento zero. Desmatamento legal ou ilegal não é mais permitido na SLC.”

Outra empresa de alimentos, a Caramuru Alimentos de Goiás, possui Thieme como dona que deu ênfase para o rastreamento do que produz e como isso é importante para a empresa que lida diariamente com o processamento de derivados de soja não transgênica. Ela revela que “quando estamos lidando com o mercado europeu, sabemos que eles exigem muita rastreabilidade e seleção para os produtos que vendemos.”

Ela ainda destaca que a empresa quase teve o IPO mas ainda não conseguiu realizar. “Somos auditados há um bom tempo, mas não somos obrigados a divulgar isso ao mercado. E estamos divulgando para o mercado também. São várias medidas para provar e mostrar aos seus clientes que estamos comprometidos”, revela.

Para o executivo da empresa Caramuru ter responsabilidade com os dados e ações internas acaba sendo uma forma de trazer mais consumidores. “Eles virão para o Brasil e querem ver o processo em detalhes, querem falar com o pessoal da linha de frente, com os agricultores. E fazemos isso, para provar a eles que estamos trabalhando de forma sustentável”, destaca.

Já a instituição 3tentos faz parte da lista da B3 e destaca a relevância de atrelar tecnologia e sustentabilidade. Segundo Hanson, “sempre que podemos proporcionar ao agricultor uma forma segura de aumentar a produtividade, acho que todos acabam ganhando: o agricultor, a empresa e o meio ambiente.”

Como CFO da empresa revelou que os agricultores se importam em utilizar recursos mais naturais, os chamados defensivos biológicos. “O agricultor está ainda mais consciente dessas novas tecnologias e percebe como elas podem interagir junto com os produtos químicos, os produtos mais antiquados, digamos, que podem ser misturados”, finaliza.

Fonte: Valor Econômico