Nos últimos anos o mundo tem avançado em relação a conscientização ambiental, responsabilidade social e governança corporativa. Com isso, as empresas também têm se movimentado para alinhar os lucros com a geração de valor para a sociedade. Como consequência, os profissionais voltados ao ESG (práticas ambientais, sociais e governança corporativa) estão sendo cada vez mais requisitados.
De acordo com os dados do Global Green Skills Report 2022, revelados pelo LinkedIn, os chamados “talentos verdes” estão avançando significativamente em comparação com outras áreas, assim como a sua contratação.
Através do estudo também é possível visualizar que a procura por especialistas ESG pode ultrapassar a oferta nos próximos anos. O levantamento detalhou que as ofertas neste ramo cresceram 8% por ano durante os últimos cinco anos e a quantidade de pessoas que estudaram para os cargos aumentou em cerca de 6% durante o mesmo período.
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Diante do entendimento dos dados, um questionamento é levantado: quais as qualidades que um profissional de ESG necessita para realizar o trabalho?
Um levantamento de 2020, da Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abraps) juntamente com a Deloitte, destacou que 30% dos especialistas têm escolaridade acima do nível superior, como doutorados e mestrados, e outros 44% são focados em uma área específica.
O fato revela a importância de recorrer a conhecimentos detalhados para crescer na área, visto que as empresas esperam receber orientações específicas para colocar em prática o ESG. Não obstante, é preciso que o especialista conte com outras competências e características para avançar e agregar valor para as empresas. Algumas delas são:
- Visão sistêmica: precisa ter capacidade de verificar e tratar de temas complexos referente ao ambiental, social e governança. Com a visão holística é possível visualizar as chances e problemas da empresa.
- Conhecimento especializado: a compreensão sobre os princípios do ESG é obrigatória, o que inclui as melhores ações, regulamentações e as formas de avaliação. Em muitos casos é necessário que o especialista seja formado em finanças, sustentabilidade ou áreas similares.
- Pensamento ético: precisam mostrar ética e responsabilidade dando destaque para a utilização guiada dos recursos naturais, destacando o bem-estar da população.
- Adaptabilidade: devido a instabilidade e novidades visualizadas pelo universo ESG, a exemplo da criação de novas regulamentações, é preciso que o profissional tenha uma alta capacidade de adaptabilidade e busque sempre o conhecimento.
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- Trabalho em equipe: é preciso colocar em prática a colaboração entre departamentos e partes interessadas em avançar no tema. Para o profissional da área, trabalhar em equipe e compartilhar conhecimento é uma necessidade.
- Capacidade analítica: atuando como um diferencial, a análise de dados possibilita que o profissional encontre resultados práticos e que ajudem a tomar decisões coerentes.
- Comunicação eficaz: a comunicação é chave para convencer e influenciar nas ações da empresa e é preciso que o profissional a desenvolva, seja através da negociação, apresentação ou escrita.
Por fim, é importante destacar que as dificuldades de agenda ESG, o que fortalece a atuação dos profissionais que tenham diferentes skills e habilidades, que consigam lidar com as adversidades. Ainda assim, é interessante que algumas ações sejam colocadas em prática, como a vontade de achar soluções e o senso de propósito.
À medida que o mundo evolui em relação ao assunto, os especialistas estarão guiando essa transformação e ajudando a criar um local mais sustentável a todos, e auxiliando a população a atuar da melhor maneira. O trabalho é extremamente importante e urgente e os profissionais precisam estar preparados para agir.
Fonte: Epoca Negocios
Autor(a): Paula Castro