Entenda o termo greenhushing e como afeta o desempenho do ESG 

Entenda o termo greenhushing e como afeta o desempenho do ESG 
Também conhecido como “silêncio verde”, o greenhushing é visto em situações onde as empresas verdes se recusam a divulgar as ações ESG.

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O universo corporativo foi completamente afetado pela agenda ESG, a tríade estruturada pela ONU que incentiva as empresas a atrelarem os ganhos com as ações ambientais, sociais e de governança corporativa. Parte importante da integração das práticas sustentáveis é a relatoria e divulgação dos pontos já trabalhados, assim como das metas para os próximos anos. Uma prática contrária a esta tem dado o que falar e vem ameaçando a tríade: o greenhushing.

Também conhecido como “silêncio verde”, o termo é aplicado para situações onde as empresas verdes (que trabalham diariamente com esta pauta) se recusam a divulgar qualquer informação sobre suas ações de sustentabilidade ou sobre o social, para não obterem riscos legais ou serem criticadas. 

É vista ainda como uma ação contrária ao greenwashing, visto que, neste processo as empresas se vendem como sustentáveis para camuflar a falta de ações voltadas para este fim. 

Por dentro do termo

Cunhado pela primeira vez em 2008, pelo site de sustentabilidade Treehugger, o termo é resultado de uma espécie de “pressão” vivida pelas instituições que verdadeiramente trabalham com tópicos sustentáveis e sociais.

Isto porque, ao revelarem as ações e avanços realizados nos últimos anos e as metas que possuem para os que virão, acreditam que podem ser pressionados ou criticados pelos consumidores (que podem exigir mais).

Outras instituições acreditam que a disseminação dos assuntos fariam com que os consumidores pensassem que o produto ou serviço é de menor qualidade.

A prática também é vista quando a instituição escolhe compartilhar poucas informações sobre as temáticas, impossibilitando que os stakeholders saibam mais sobre o assunto. 

Em casos raros podem ainda estarem atreladas ao greenwashing, uma vez que as empresas podem evitar a divulgação dos pontos para parecerem mais sustentáveis do que realmente são.

É certo afirmar que a prática vai em desencontro com o que prega o ESG e pode desacelerar o avanço das empresas, assim como desmotivar outras instituições a inserirem as medidas de diversidade, inclusão, as ambientais e de governança corporativa.

Caso seja ampliada, a atitude pode impactar todo o desempenho ESG que o universo corporativo tem tido até o momento.

Importância da divulgação

Diante do entendimento sobre o assunto é possível destacar a importância da divulgação em relatórios e do equilíbrio das informações. O repasse das ações é importante para que os consumidores reconheçam em que posição a marca está e para que os investidores visualizem a empresa como passível de investimento.

Também é uma maneira de incentivar outras empresas, especialmente as do mesmo setor, a entrarem na corrida da criação de um negócio mais sustentável.

Com a falta de padronização dos relatórios ESG e a não obrigatoriedade da divulgação de relatórios climáticos o crescimento do greenhushing pode ocorrer. No entanto, é importante que as instituições, em especial as de pequeno porte, criem compromissos e atuem de forma transparente para a disseminação deles, seja dentro dos relatórios ou no dia a dia. 

Como colocar o ESG em prática?

Como citado anteriormente, uma empresa está alinhada com o ESG quando pratica ações que se liguem com o proposto. Alguns exemplos destas ações são:

  • aplicação de medidas que seguem a proteção de dados e a LGPD;
  • garantir a contratação justa;
  • aplicar práticas anticorrupção;
  • adotar práticas para redução de gases do efeito estufa;
  • ter canais de denúncia para redução de casos de assédio;
  • incentivar debates sobre diversidade;
  • aplicação da economia circular.

Devido a quantidade de tópicos a serem considerados e por conta das diferentes etapas a serem atravessadas durante este processo (que vão desde o diagnóstico até a comunicação), é comum que as instituições tenham dúvidas sobre como iniciar.

O Práticas ESG, presente no mercado, atua para auxiliar as empresas que buscam incluir a agenda na rotina e que querem provocar menos impactos e oferecer melhorias para a sociedade e o meio ambiente. Sendo assim, também auxiliam as instituições para que não entrem na prática de greenhushing ou greenwashing.

Para saber mais sobre a atuação da equipe multidisciplinar e tirar as possíveis dúvidas acesse o site