Dell e Intel realizam parceria voltada para a agenda ESG

Dell e Intel realizam parceria voltada para a agenda ESG
O programa Solar Community Hub busca a inclusão digital para grupos carentes, e quer oferecer resultados para 1 bilhão de indivíduos até 2030.

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A digitalização e a tecnologia trouxeram diversas possibilidades para os ribeirinhos que estão presentes nas comunidades da região do Rio Madeira, perto do município de Manicoré, interior do Amazonas. 

Entre elas podemos destacar: consultas virtuais com especialistas da área de saúde, o pagamento de contas pela internet, a possibilidade de ter aulas para formação de empreendedores e que ajudam os vendedores a agregarem valor a serviços e produtos, e  a visualização de receitas para ampliar a produção de produtos da comunidade.

Uma ação realizada pela Dell Technologies e a Intel, juntamente com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e a Computer Aid International, levou a rotina da líder da comunidade de Boa Esperança, Dona Ana, a ser alterada e digitalizada. Trata-se da criação do Solar Community Hub, feita na reserva. 

A criação brasileira ainda conta com quatro pilares: infraestrutura, educação, empreendedorismo e saúde. É diretamente inspirado em diferentes laboratórios da Dell desenvolvidos pela Computer Aid International ao redor do mundo.

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Com o hub é possível colocar em prática a inclusão digital para grupos carentes. A intenção é oferecer resultados para 1 bilhão de indivíduos até 2030. De acordo com a Diretora Geral da Intel Brasil, Claudia Muchaluat, “queremos mudar o mundo para melhor com tecnologia. E isso é exatamente o que estamos fazendo aqui no Solar Community Hub.”

Ela reforça ainda que “criar um mundo mais responsável, inclusivo e sustentável por meio de tecnologias é o que buscamos como empresa. Estou muito orgulhosa do trabalho de time envolvido no desenvolvimento do Solar Community Hub e de todo o impacto positivo na comunidade local. Esse projeto é a prova viva de que estamos superando barreiras, inclusive as geográficas, para levar tecnologia e inovação para crianças e jovens.”

Governança e ESG

Ao redor do mundo existem 27 Hubs do tipo, em locais como Quênia, México, Marrocos, Nigéria,  Colômbia e África do Sul. O Hub do Brasil possui algumas especificidades, “a primeira característica exclusivamente brasileira é que aqui em Boa Esperança o sistema de governança é muito avançado. Ou seja, o projeto só dá resultado porque a comunidade já tinha uma organização muito forte com lideranças estabelecidas que nos ajudaram a engajar todos os moradores”, revela o Superintendente de Inovação & Desenvolvimento Institucional na FAS, Victor Salviati.

Já o Líder Latam de ESG da Dell Technologies, Leonardo Tiarajú,  revela que a atuação brasileira está servindo como molde para a criação dos próximos que acontecerão no Egito e Autrália. 

Além da governança, o Solar Hub aqui do Brasil já nasceu estruturado nesses quatro pilares. Além disso, o uso de dados e tecnologia para monitoramento ambiental são características muito importantes do projeto local. Ou seja, ele é completo na essência e isso está ajudando como referência para os próximos que serão lançados em breve”, destaca Tiarajú.

Na opinião do General Manager da Dell Technologies Brasil, Diego Puerta, “acreditamos que o verdadeiro progresso começa quando usamos o poder da tecnologia para capacitar as pessoas. Com o Solar Community Hub trouxemos à comunidade de Boa Esperança acesso aos recursos e infraestrutura essenciais para enfrentar seus desafios mais urgentes em áreas vitais, como educação, saúde e proteção ambiental. Estamos orgulhosos de fazer parte dessa jornada, enquanto testemunhamos em primeira mão o poder transformador da tecnologia, conectando parte da Amazônia.”

Com o projeto foi possível notar melhorias para a população com jovens e adultos obtendo mais de 778 horas de capacitação referente ao eixo de educação para empregabilidade. Referente a telessaúde já foram feitos mais de 260 atendimentos e cerca de 126 doses de vacina aplicadas contra a Covid-19, durante os meses de julho de 2021 e dezembro de 2022.

Uso de Inteligência Artificial e dados para evitar desmatamento

A utilização de dados e inteligência artificial também é uma realidade para o projeto que busca usar a tecnologia para combater o desmatamento ilegal. No curso de 2022, cerca de 7 monitores ambientais analisaram 13,5 hectares de floresta nativa por meio de entrevistas e visitas à região. 

Com isso, e com a checagem dos dados, as associações comunitárias podem direcionar pedidos aos órgãos responsáveis de fiscalização. De acordo com Victor Salviati, da Fas, “nós coletamos esses dados, refinamos e eles vão criando uma base imensa de inteligência. O próximo passo agora é incorporar IA. Imagine uma dinâmica de ChatGPT respondendo a dona de uma propriedade na comunidade quantos hectares ela possui ou quais são os cultivos viáveis para aquela região? O impacto vai muito além do desmatamento, ele também tem uma relação direta com o desenvolvimento de negócios.”

O escopo de atuação deste monitores é a checagem e monitoramento das imagens de satélite (focos de calor e desmatamento), assim como um olhar detalhado para a produção agrícola e extrativista, os roçados e o uso da madeira do Rio Amapá. É possível utilizar as informações para auxiliar durante a gestão e para uso dos recursos naturais.

Fonte: Forbes

Autor(a): Luiz Gustavo Pacete