A PwC Brasil, em parceria com o Ibracon (Instituto de Auditoria Independente do Brasil), analisou as publicações de relatórios de sustentabilidade das empresas de capital aberto, que engloba os três pilares da Agenda ESG: práticas ambientais, sociais e de governança.
Através da pesquisa recém-lançada “ESG no ibovespa” constata-se um avanço na publicação desses relatórios. A pesquisa mostra um mapa de como as empresas têm divulgado informações de sustentabilidade aos seus acionistas, consumidores, mercado e stakeholders em geral.
Com a crescente discussões ambientais, preocupações com o impacto das mudanças climáticas em diversos setores e o aumento das tensões por conflitos e problemas na cadeia produtiva acendem um alerta sobre a importância dos temas ESG para a continuidade das empresas.
Percebe-se um mercado cada vez mais atento, e os reguladores e normatizadores acompanham essa necessidade de informações e o reconhecimento da importância da atuação das empresas em temas ESG para a criação de valor.
Nesta segunda edição do relatório ESG no Ibovespa são objetos de estudo a maneira como essas informações são apresentadas, quais as metas e métricas utilizadas e os temas e informações mais recorrentes.
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Já existem no Brasil algumas iniciativas regulatórias sobre a divulgação de certas informações ESG por parte dos reguladores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central.
Embora ainda não exista um padrão único para reporte das informações ESG, a partir de 2023, as empresas listadas em bolsa de valores devem divulgar uma série de informações exigidas pela autarquia através do Formulário de Referência.
Relatórios de sustentabilidade específicos, exceto se incorporados em Relatos Integrados – uma opção da administração –, não são obrigatórios e não necessitam ser assegurados.
O número das companhias que divulgaram relatórios de sustentabilidade aumentou de 67 para 72, o que significa 81% da amostra da pesquisa, que abrange empresas cujas ações compunham o Ibovespa de maio a agosto de 2022. Isso mesmo sem a obrigatoriedade de divulgação.
Um ponto relevante que merece destaque é o avanço na asseguração dos relatórios de sustentabilidade por auditorias independentes: o crescimento é de 40% (de 30% dos relatórios assegurados por auditor em 2020 para 42% em 2021).
Este avanço espelha as demandas do mercado por informações comparáveis, transparentes e confiáveis. Uma pesquisa global envolvendo investidores conduzida pela PwC em 2021, 79% afirmaram que confiam mais nas informações ESG que foram submetidas à asseguração por parte independente.
Fonte: Exame
Autor(a): Valdir Coscodai e Mauricio Colombari